Lyrics : João Marcelo Cardoso Ramalho/Victor Correia Alves de Oliveira
Music : João Marcelo Cardoso Ramalho/Victor Correia Alves de Oliveira
Inevitável, catastrófico
Numa estrofe rica
Um miserável cadavérico
Num chão da sarjeta
Incalculável a dor crônica
E o quanto sufoca
Dieta tóxica ser invisível sem analgésico
Nesse lugar cinico
Aonde o caos é canônico
Aonde o olhar clínico
Esconde o mal intrínseco
Seu pensamento é simbólico
É porcentagem numérica
Todo amor é folclórico
E apenas dado estatístico
Esse é meu fardo fatídico
Aguardo por algo inédito
Atordoado, caído
Nesse cenário sintético
E enigmático, o abrigo
É ter um olhar satírico
E disfarça-lo pro público
Através de um tom poético
Esse é meu dom problemático
Esse é meu som não genérico
Esse flow quântico, autêntico
É meu fantástico mundo
Rústico, exótico, orgânico
E bote um toque sarcástico
Filosófico, homérico
Esse é meu mérito lírico
É necessário ter a precisão cirúrgica
Lembrar de tudo com memória fotográfica
Jogar o jogo com a fé de um acólito
Pra ser a essência da música
É necessário ter a precisão cirúrgica
É necessário ter a precisão cirúrgica
Pra ser a essência da música
Pra ser a essência da música
O meu pretérito imperfeito
O meu espírito cético
A minha fibra não é ótica
Ela é própria, genética
A minha mente hermética
Sem solução matemática
Nem toda aritmética é uma ciência exata
A emoção não reseta
A intenção não resulta
A vida insulta e te aperta
Completa qualquer loucura
A mídia censura o poeta
Mas liberta o que lucra
A dívida consigo mesmo
É a que se paga por último
É necessário ter a precisão cirúrgica
Lembrar de tudo com memória fotográfica
Jogar o jogo com a fé de um acólito
Pra ser a essência da música
É necessário ter a precisão cirúrgica
É necessário ter a precisão cirúrgica
Pra ser a essência da música
Pra ser a essência da música