Z-A-M-B-A
No busão, em movimento, observo pela janela
A desigualdade, mansões e favelas
Realidade é o nó na garganta te esgoela
Se eu fosse um pintor, eu pintava miséria na tela
Na visão de um forasteiro na cidade grande
O que me espanta é o que realmente assusta
Cotidiano traiçoeiro, vida injusta
Trabalhador é um guerreiro nessa cansativa luta
Capitalismo, canibalismo filho da puta
Cheio de ganância e ódio na disputa
Cadê o respeito, cadê a conduta?
Mano, procure a verdadе que o povo chuta
Dizem que São Paulo é a tеrra da oportunidade
A muito tempo isso não é realidade
Absoluta pobreza no centro da cidade
Manos correm com o crime, não recorrem a caridade
É hostilidade sim, violência brutal
Quem nasce sofrendo o mal
Cresce fazendo o mal